Pedagogia do Oprimido de Experimentação Interativa na Era da IA: Por uma Educação que não concorra com poder de memória da IA
A educação deve incorporar a dinâmica dos jogos — não como
distração, mas como modelo de engajamento, propósito e agenciamento:
O jogo, como a vida, é experiência em fluxo
Exige estratégia, colaboração, tentativa, superação
Não pune o erro: transforma-o em aprendizado
Se uma pesquisa atesta que um professor precisa de uma hora
para fazer os alunos prestarem atenção, talvez o que falte não seja
disciplinação, mas proposição coletiva de conhecer e propor.
O tédio não é falta de caráter — é falta de sentido.
Questão de Pesquisa (Tese de Doutorado)
Tema Central:
Como integrar a pedagogia freireana com as dinâmicas da IA e
do aprendizado baseado em jogos, criando um modelo de educação emancipatória
que substitua:
• A lógica da obediência pela do pertencimento
• A do medo pela da curiosidade
• A da memorização pela da criação
Referencial Teórico (Base)
Fundamentos filosóficos:
• Paulo
Freire — Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Autonomia
• Ivan
Illich — Sociedade sem Escolas
• Bell
hooks — Ensinando a transgredir
Teorias da aprendizagem:
• Construtivismo
(Piaget, Vygotsky)
• Conectivismo
(Siemens)
• Aprendizagem
baseada em jogos (Gee, McGonigal)
Tecnologia e sociedade:
• Física
quântica e computação (bases da IA)
• Estudos
críticos de tecnologia (Morozov, Noble)
• Ética da
IA na educação (Holmes, UNESCO)
Contribuições Esperadas
Teóricas:
• Atualização
da pedagogia freireana para o contexto da IA
• Modelo
conceitual de educação emancipatória digital
Práticas:
• Protótipos
de ambientes de aprendizagem
• Diretrizes
curriculares para educação do século XXI
Sociais:
• Democratização
do acesso a educação de qualidade
• Formação
de sujeitos críticos e autônomos frente à tecnologia
Contexto e Justificativa
Por que agora?
1.Crise do
modelo tradicional — evidenciada pela pandemia e pelo avanço da IA
2. Janela de
oportunidade — antes que interesses mercadológicos capturem completamente a
agenda da IA na educação
3. Urgência
ética — evitar que a tecnologia aprofunde desigualdades e alienação
4. Demanda
social — juventude desengajada exige novo pacto educacional
Se a IA pode fazer provas, para que servem as provas?
Se o Google guarda todo conhecimento, para que decorar?
Se o ChatGPT escreve melhor que a média, o que é escrever
bem?
Se algoritmos decidem por nós, como formamos sujeitos
autônomos?
Essas não são perguntas retóricas — são dilemas pedagógicos
urgentes que exigem práxis transformadora, não discursos vazios sobre
"inovação".
Conclusão: Educar é Libertar
No fim, educar continua sendo o mais revolucionário dos
atos: libertar o desejo de aprender — não domesticá-lo.
A tecnologia não é neutra. A pedagogia, tampouco.
Entre a IA que emancipa e a IA que domina, há uma escolha
ética, política e pedagógica.
Esta tese propõe trilhar o caminho da emancipação — onde o
algoritmo serve ao humano, não o contrário; onde a escola forma sujeitos
históricos, não objetos programados; onde o conhecimento é práxis libertadora,
não mercadoria alienante.
Porque só uma educação verdadeiramente crítica pode formar
cidadãos capazes de programar — em vez de serem programados — pela tecnologia.
Para Reflexão
"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." — Paulo Freire
"O futuro já chegou — só não está distribuído de forma igual." — William Gibson
"Não há tecnologia neutra. Toda tecnologia serve a um projeto de mundo." — Shoshana Zuboff
Convidamos educadores, pesquisadores e interessados a dialogar sobre esta proposta. A educação emancipatória se constrói coletivamente — ou não se constrói.

Comentários