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De Schumpeter a Nostradamus: o Mercado e a Profecia do Engano — Os 3 vencedores do Nobel de Economia em 2025 parecem confirmar o que os profetas apenas pressentiram: que o fim não viria pela escassez, mas pelo excesso de fé no mercado e da cegueira diante do real

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 O Prêmio Nobel de Economia de 2025, concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, celebra o poder da “destruição criativa” — a velha metáfora schumpeteriana, segundo a qual o progresso nasce do colapso. É a redenção renovada do incêndio: para inovar, é preciso deixar o velho queimar. Mas o que eles não dizem — e o que transforma seu otimismo em cegueira — é que, no século XXI, a destruição criativa migrou do campo econômico para o campo informacional. O motor do crescimento já não é apenas a invenção de tecnologias, mas a destruição das certezas, a obsolescência programada da própria verdade.   Eis a distorção capitalista que os nobéis não ousam tocar: a inovação atual não destrói apenas produtos ou empresas, mas a confiança coletiva, a coesão social e a capacidade de discernimento. O capital aprendeu a lucrar não com o conhecimento, mas com a ignorância fabricada — e isso é o que podemos chamar de a besta da desinformação, o grande anticristo do século XXI, o qua...

Confira prePrint 13.0 do artigo científico - A Metáfora Invertida do Boliche e os 8 Pinos do Bolsonarismo

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Nessa versão 13.0 do prePrint do artigo científico Game Boliche da Desinformação , vamos para a memorável noite do dia 10 de julho de 2025, quando o presidente Lula surpreendeu a todos ao escolher a velha guarda da comunicação — o Jornal Nacional (JN) — como palco para um contra-ataque político e diplomático em horário nobre. Por cerca de 15 minutos, o líder brasileiro rebateu com firmeza a ofensiva tarifária[1] de Donald Trump, que impôs taxas de 50% sobre produtos brasileiros. Mais do que um gesto de protecionismo econômico, a medida de Trump soou como uma sanção político-ideológica, uma retaliação disfarçada ao alinhamento de Lula com o multilateralismo e com uma ordem internacional menos subserviente ao eixo Washington–Tel Aviv–Vale do Silício. Numa noite de quebra de paradigmas midiáticos, Lula não recorreu ao Twitter/X, nem convocou lives no Instagram. Optou por algo que não se via há mais de uma década no mundo: um chefe de Estado usando a mídia tradicional para disputar narr...