prePrint 6.0 e as contradições simbólicas promovidas pela máquina de dissonância cognitiva Trump-Bannon
Na versão 6.0 do prePrint do artigo científico Game Boliche da Desinformação, em xeque a dissonância cognitiva verbal promovida nas redes sociais por supramacistas de extrema-direita também se manifesta visualmente, embora passe despercebida aos pagadores de impostos da camada mais pobre da população. Vejamos um exemplo: nos Estados Unidos, políticos do Partido Republicano adotam bonés vermelhos estampados com slogans de efeito, símbolos de uma ideologia conservadora e nacionalista. Já abaixo da linha do Equador, a mesma cor é associada a um espectro político oposto — o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vinculado à luta pela reforma agrária e aos ideais da esquerda brasileira.Essa contradição semiótica se intensifica em imagens emblemáticas, como a de um imigrante mexicano vestindo uma camisa com a inscrição "Latinos for Trump", sendo algemado e deportado por agentes de imigração dos EUA. O paradoxo é evidente: latinos que votaram em Trump não perceberam que eram, eles próprios, alvos do discurso supremacista propagado por sua campanha. Essa cegueira política revela o poder da manipulação simbólica, onde cores, palavras, símbolos, signos e imagens são estrategicamente distorcidas para confundir, dividir e capturar apoios contraditórios.No caso do presidente Lula, a interpretação do termo “bonita” variou conforme o alinhamento ideológico dos interlocutores, evidenciando uma falência na comunicação objetiva e uma tendência crescente de se presumir intenções baseadas em filiações políticas. Essa fragmentação do discurso público reflete a influência das big techs também na mídia tradicional na disseminação de informações e na formação de bolhas informativas, onde fatos são moldados para atender a agendas específicas, em detrimento de uma análise imparcial e fundamentada. Em suma, o incidente ressalta a necessidade de uma reflexão crítica sobre como a linguagem é utilizada e interpretada na esfera pública, especialmente em um contexto de polarização política e influência das plataformas digitais na construção da realidade social espectral, descentralizada da vontade apenas de quem tem mais poder político e econômico. Acesse o prePrint do artigo científico.
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