Polêmica sobre game japonês servirá para banir de vez jogos violentos?
Toda essa polêmica gerada em torno do jogo japonês de computador Rapelay servirá de parâmetro legal para que a sociedade civil possa banir de vez os jogos de narrativa violenta? Não sei... Acho que será outra marolinha! Contudo, numa sinfonia sem Beethoven, a grande mídia e a imprensa especializada concordaram pela primeira vez que os japoneses foram longe demais. Afinal, O jogo Rapelay simula estupro, pedofilia e aborto. E o vencedor do jogo é o melhor estuprador! Ora, Ora! O que será preciso para que a sociedade acorde e tome coragem para agir contra a bilionária indústria de videogames que fatura alto com games violentos? Em São Paulo, o governo local pouco tem feito para impedir a venda do jogo pelos camelôs. Aliás, o jogo também tem sido comercializado livremente pela Internet. O Ministério Público Federal (MPF) só tomou conhecimento da existência do jogo através de um alerta feito pela juíza da 16ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, Kenarik Bouijkian Felippe, que faz parte do Grupo de Estudos de Aborto. Paralelamente, o caso passou a ser investigado pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos do MPF. Mas a questão que se coloca agora é como o assunto será tratado daqui por diante, uma vez que a simulação da violência pode ultrapassar o universo virtual dos games. E a liberdade de expressão para criar? Quando ela funciona como estímulo à violência real deve ser cerceada, cabendo, portanto, uma posição mais contundente por parte de governo e sociedade.
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