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Metáfora do ‘animal de estimação’ dando forma ao caráter social do jogador

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Os jogos eletrônicos fazem muito mais que entreter e informar. Em última análise, formatam o caráter social dos jogadores. É bem parecido com a relação que as pessoas nutrem por seus animais de estimação. Essa metáfora serve para entender como funciona a relação psico-cognitiva entre jogadores e seus jogos favoritos. Esse princípio behaviorista é bastante simples e muito pesquisado por neurocientistas. Quando o jogador acha que já dominou o jogo, este por sua vez é quem age no sentido de formatar como ele deve jogá-lo. E o mais importante: a jogabilidade do game emula e fornece informações ao jogador que serão usadas por ele muito além do jogo em si. Trata-se de uma roda viva como ocorre na relação das pessoas com seus animais de estimação. Com o passar do tempo, o caráter psicossocial dos animais fica cada vez mais parecido com o do dono, e vice-versa. E é justamente por isso que os games devem buscar emular narrativas baseadas em princípios nobres, a fim de nortear positivamente a ed

Imaginário negativo reforça games violentos como grandes vilões aos jovens

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Ao contrário do que se pensa, o problema em torno dos games violentos não estaria no âmago de sua narrativa, isto é, na forma como os jogadores são conduzidos pela trama do jogo. Afinal, o cérebro é funcionalista por cumprir funções cognitivas. Nas informações implícitas no jogo (muito comum em games violentos), o cérebro ativa um sistema de compensação cognitiva e passa a trabalhar no sentido de completar o contexto visual da trama através de informações preexistentes contidas no repertório cultural de cada jogador. Quando e onde essas informações, absorvidas ao jogar, serão usadas fora do jogo vai variar de jogador para jogador. Portanto, o grande vilão dos jogos violentos certamente está no imaginário negativo criado pela mídia em torno desses “brinquedos” de compensação cognitiva. A partir do momento que Hollywood passou a faturar menos que a indústria de games, a mídia iniciou uma cruzada sem precedentes com intuito de demonizar os jogos eletrônicos de uma forma geral. É bom deixa

Artigo científico demarca os newsgames como modelo de Jornalismo Online

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O artigo científico publicado por Geraldo Seabra demarca o surgimento dos NewsGames como um novo modelo de Jornalismo Online, através de uma base investigativa que busca relacioná-lo com funções do Webjornalismo, apontadas por Marcos Palacios (2003). A simples associação das características do Webjornalismo às funções do NewsGames sedimenta um longo período de pesquisa, iniciado em 2003, que fundamenta a lógica presente nas diferentes formas de produção, circulação e consumo de notícias na Web. Classificado como NewsGames por alguns especialistas como Frasca (2003), Seabra (2007), Andrade (2008), esse novo estilo mantêm uma relação de intimidade com diversas funções do jornalismo ao relacioná-lo a notícias ou acontecimentos em tempo real na sua modalidade online e com respectivos ambientes eletrônicos participativos (Andrade, 2008). Nas experiências do designer em neswgames, Ian Bogost , a notícia também é base narrativa de tramas de games on-line. Esse novo modelo de Jornalismo Onl

Reportagem debate newsgames como emuladores autênticos de notícias

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A reportagem "Jogo da Verdade" publicada pela Revista Imprensa coloca em debate se os newsgames são emuladores autênticos de notícias, isto é, capazes de se comportar como suportes de produção, circulação e consumo de notícias. Na perspectiva da teoria proposta por Geraldo Seabra , os newsgames não são uma mera plataforma de leitura de notícia em formato de game. Também não são uma mera remediação da notícia tradicional ou daquela disponibilizada em ambiente on-line. Trata-se, na verdade, de um novo modelo de jornalismo on-line, portanto, um emulador autêntico de notícia. E traz em seu âmago o vírus da participação efetiva dos jogadores. No ponto de vista do autor da Teoria dos NewsGames, o novo formato de jornalismo não é uma forma meramente alternativa de leitura e publicação de notícias. Na verdade, os newsgames configuram-se como um novo modelo global de mediação comunitária de informação e notícia. Em suma, trata-se de uma nova forma de se relacionar com a informação, s

Chega ao fim modelo narrativo que marcou industrial cultural do século 20

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A notícia da morte de Michael Jackson certamente provocará um estrago muito maior na industrial cultural que a dor de sua perda pode gerar a milhões de fãs espalhados ao redor do mundo. O menino prodígio do estado de Indiana (EUA) derrubou todas as fronteiras geográficas do planeta com um novo jeito de fazer pop art. Em 1982, lançou Thriller , dirigido pelo cineasta Martin Scorsese. O álbum genial vendeu 106 milhões de discos, marca jamais alcançada por outro ídolo pop. Mas foi na TV que Michael Jackson inventou uma nova linguagem midiática. Com efeitos especiais, coreografias criativas, passos de dança desconcertantes, performance cênica, direção de arte de ícones do cinema, MJ reinaugurou a era dos videoclipes. Conseguiu traduzir a música na forma audiovisual – a imagem como centro da vida cotidiana. Desde então, é a pura tradução do que se pode chamar de uma bricolagem cultural numa época em que a cultura de massa dava seus primeiros passos rumo à convergência de todas as culturas.

Fim da obrigatoriedade do diploma e as atribuições do jornalista em 2025

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Se para 8 dos nove juízes presentes ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, o diploma de jornalista não passa de um papel na parede sem importância, há de se ponderar sobre a decisão do STF além da mesa do bar da esquina para não cair prostrado na rua do sofisma. Diante da polêmica aberta, cabe aos que ainda conseguem se indignar com alguma coisa o trabalho de tentar recompor pelo menos parte do imaginário do jornalismo como último baluarte do espaço público. Portanto, o único porta-voz legitimado por qualquer sociedade cujo poder do Estado ainda oprime ao invés de proteger o cidadão. Independente da decisão do Supremo de Gilmar Mendes, o profissional de jornalismo precisará de uma série de especializações para o exigente mercado de trabalho até 2025. Nesse cenário competitivo de agora até lá, o diploma de jornalismo seria apenas o ponto de partida para quem quiser alçar voos maiores na carreira. Ter apenas a sagacidade de um blogueiro não servirá para fazer a diferença. Novas hab

Blog dos NewsGames completa um ano apostando nos games como notícia

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É com muita satisfação que os editores do Blog do NewsGames comemoram o aniversário de um ano do post que aposta nos games como suporte e veiculação de informação, notícia ou acontecimento em tempo real. Criado em maio de 2008, o blog tem como iniciativa buscar tratar o seu conteúdo de forma jornalística, científica e acadêmica, para tentar fugir da informação de aluvião que costuma nortear a maioria das notícias sobre games. Para comemorar o aniversário do blog, os editores trazem as novidades desenvolvidas pela Revista Superinteressante Online na área dos games como suporte de notícia. A revista vem utilizando newsgames, formato ainda pouco adotado no jornalismo brasileiro. Trabalhando com recursos da infográfia, a SuperOnline criou o jogo Cidade Política em forma de quiz. O jogador precisa encontrar no mapa da cidade o posicionamento dos principais políticos da história e do mundo de hoje. Para tanto, responde a um questionário para saber em que bairro se encaixa politicamente. No