Fifa ignora poder informativo da narrativa do jogo explorado por ela mesma


Atualizado às 18h12 - 25/06 Definitivamente, a FIFA - entidade maior do futebol mundial - tema em não reconhecer o poder informativo da narrativa emulado pelo gênero de jogo explorado por ela: o futebol. Esse descaso da Fifa ficou gritante no jogo entre Brasil e Costa do Marfim, partida pela segunda rodada da Copa do Mundo da África, vencida pela seleção brasileira por 3 a 1. Durante a partida, diversas irregularidades cometidas contra as regras do jogo foram assinaladas pela crônica esportiva, sem a devida punição pelo árbitro. Isso se deve ao fato de os juízes de futebol ainda não poderem usar as tecnologias disponíveis como auxílio para tornar a narrativa do esporte mais justa e leal, como ressalta o slogan da Fifa: Fair Play, ou em bom português, jogo limpo. Sem o auxílio da tecnologia, os árbitros ainda cometem diversos erros que acabam influenciando no resultado do jogo. O que é para funcionar como um grande espetáculo esportivo de alto nível profissional acaba virando uma festa de amadores. O que para a Fifa não tem a mínima importância, para as comunidades virtuais tem sido excelente exercício de análise crítica, principalmente da falta de cuidado da entidade responsável pela organização da copa do mundo com a informação que o próprio futebol emula. Essa informação se dá de diversas formas dentro e fora do campo de jogo em si. Devido à polêmica que essa modalidade de esporte gera, grande parte da informação emulada pelo futebol vem de fora das quatro linhas do gramado. Isso graças especialmente à crônica esportiva que faz o trabalho de repercutir tudo que acontece dentro e fora do tapete verde. Um exemplo partiu do site da Abril.com ao reproduzir a repercussão negativa no jornal argentino Olé de um dos gols do atacante brasileiro Luís Fabiano:

“A mão do diabo” foi a expressão utilizada pelo principal jornal esportivo da Argentina para explicar o segundo gol do Brasil na vitória sobre a Costa do Marfim (...) Para o Olé, a vitória brasileira pode ser assim resumida: “Escandalosa mão de Luís Fabiano antes de fazer o segundo gol da vitória brasileira (...) Mas os argentinos não foram os únicos que se enfezaram com a endiabrada mão de Luís Fabiano. Na Costa do Marfim, as manchetes também foram críticas. “A mão do assassino”, definiu o Soir Info. “A mão vergonhosa que enforcou a Costa do Marfim”, lastimou o L’Inter.

Mas com a queda gradual da hegemonia das mídias de massa, a Fifa perderá a cada dia a sua maior fonte de sustentação econômica: a receita publicitária advinda das grandes empresas multinacionais. E são essas receitas que mantem ainda a força e interesse pelas copas do mundo promovidas pela Fifa. Como a tendência é a diversificação cada vez maior dos investimentos publicitários entre suportes da chamada Nova Mídia, com o tempo o futebol deixará de ser um negócio tão lucrativo como é hoje. Duvida? Quando a derrocada publicitária vier, a Fifa ficará sem sua principal fonte de renda. Continuar negando o poder das novas tecnologias para auxiliar os árbitros dentro de campo é o mesmo que continuar negando a informação que o próprio futebol emula.

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