Fim da obrigatoriedade do diploma e as atribuições do jornalista em 2025


Se para 8 dos nove juízes presentes ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, o diploma de jornalista não passa de um papel na parede sem importância, há de se ponderar sobre a decisão do STF além da mesa do bar da esquina para não cair prostrado na rua do sofisma. Diante da polêmica aberta, cabe aos que ainda conseguem se indignar com alguma coisa o trabalho de tentar recompor pelo menos parte do imaginário do jornalismo como último baluarte do espaço público. Portanto, o único porta-voz legitimado por qualquer sociedade cujo poder do Estado ainda oprime ao invés de proteger o cidadão. Independente da decisão do Supremo de Gilmar Mendes, o profissional de jornalismo precisará de uma série de especializações para o exigente mercado de trabalho até 2025. Nesse cenário competitivo de agora até lá, o diploma de jornalismo seria apenas o ponto de partida para quem quiser alçar voos maiores na carreira. Ter apenas a sagacidade de um blogueiro não servirá para fazer a diferença. Novas habilidades e competências serão necessárias... Gostar de jogar com informação e editar cenas reais em tramas de videogame, colocando os jovens em contato com a informação que interessa para o universo deles. Saber fazer associações entre uma notícia e seus desdobramentos em redes sociais e narrativas de jogos on-line. Saber editar a rede mundial de computadores em favor de comunidades ultra especializadas. Para tanto, vai precisar dominar tecnologias RSS, agregadores de conteúdo, computação em nuvem. A partir da quebra da hegemonia da comunicação de massa, terá que dominar ferramentas digitais em favor das chamadas nanoaudiências. Associado a tudo isso, o jornalista do futuro precisa dominar todos os processos que envolvam as mídias interativas, buscando discernir os diversos perfis comportamentais que subsistem nas micro comunidades sociais que povoam a Constelação da Internet. Afinal, a comunicação se torna a cada vez mais viral e a informação passa a se comportar como um vírus que nunca morre, haja o que houver. Apesar da decisão tresloucada do Supremo contra o diploma de jornalista, é uma miragem achar que qualquer pessoa pode exercer uma profissão tão complexa e desafiadora.

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